
Sim, era eu a moça de cabelos longos, pele clara, e olhar inquieto, com o livro do Vargas Llosa na mão. Pedi um café forte [extra forte para falar a verdade]. Tocava aquela música antiga dos Beatles em um dos apartamentos próximos à confeitaria. Aperto no coração. O céu ficava gris, e o menino atrás do balcão me entregou o troco. E eu, é verdade, relutava em voltar para casa; afinal, eram alguns cômodos e muitos pedaços de saudade. Passei por aquela rua bonita do bairro. Encontrei sorrisos, um choro, e incontáveis pessoas apressadas. Ao contrário delas, voltei em passos lentos. Na sala, a reforma pronta. Alguns quadros no chão. Cores novas. Cheiro de tinta fresca. Algumas folhas de jornal amassadas perto da porta. E o livro do Neruda sempre no mesmo lugar. Tudo bem, pensei, palavras bonitas, assim como o teu olhar, são coisas para guardar. Sem mudar. Em nada.
."tão doce de olhar,
que nenhum adeus vai apagar."
Nei Lisboa
esse texto é estilo dos que eu escrevo.
ResponderExcluiradoro textos assim!
adorei esse
beijo ;*
Belo blog moça, virei visitar-lhe mais vezes para um café. Só lhe digo que prefiro um capuccino ao extra-forte.
ResponderExcluirBjo
E eu, é verdade, relutava em voltar para casa...
ResponderExcluir;/
!
a doçura do capuccino, por vezes, também me agrada :)
ResponderExcluirao coelho... voltar pode ser o começo.
garota t, teu blog é bacana também! ;)
abraços a todos!!
'lindas' é pouco para descrever as tuas palavras.
ResponderExcluireternamente lindo, eternamente bem escrito, este blog ;D
um beijo!