Matisse em Montmartre?


Em preto e branco, um retrato de Montmartre bem ali na minha frente. Na minha casa, na minha sala, na minha parede. E, me incomoda, na minha lembrança. Não, eu nunca estive em Paris. O "x" da questão é o casal da foto. Ali, numa escadaria parisense dos anos cinquenta, daquele jeitinho meigo, bem abraçadinhos os dois. Ela sussurando no ouvido dele provavelmente aquelas frases prontas, melosinhas, que todos os apaixonados costumam pronunciar diariamente, antes, pelo menos, que o prazo de validade da paixão termine. É isso, não? Descobriram há pouco tempo que até os sentimentos têm prazo de validade hoje em dia. Humm, pelo visto lá vem um surto pré dia dos namorados... E, bem, como o objetivo deste blog não é o de virar um diário romântico, vou parando por aqui. Juro que pensei em tirar o tal quadro e deixar a parede vazia, ou talvez colocar um quadro do Matisse, daqueles bem coloridos e vibrantes, mas vou deixar assim. Quem sabe o cinza da foto ganhe nuances de cores nos próximos dias.

Um comentário:

  1. Oi! Retornei aqui para que minha dívida contigo não aumente. Aquela hora que estavamos conversando entrou uma ligação, e a Sandra me aguardava para conversármos...Tudo bem, voltei e estou aqui! Gostei muito desta página apesar de olhar par-dessus. Deixe o quadro onde está! Temos escadarias iguais aqui, e da década de 50 tb. O amor é muito mais interessante que a paixão, e o que eu mais gosto nele é que não existe data e nem hora para namorar, validade então, é indeterminada. Um grande beijo.

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sempre, mas nem todos sabem.