Instantes

Carol, os créditos da fotografia [Lagoa dos Patos, em Tapes], sei, são teus. Mas com a tua, espero, permissão coloquei hoje aqui porque não teria momento melhor para estar num post.


Será que todas as pessoas sentem essas coisas? Conseguir fotografar em pensamento um instante, e ter a certeza de que, para sempre, ele vai ficar ali, na sua lembrança, com um recado que diz: "a felicidade esteve aqui"? Ainda não tive sensação melhor. Coisa do coração? Vai saber? Bom, e para que explicar? Deixa sentir. Deixa partir ou vir. Se for para ser, deixa. Ninguém força poesia. Ninguém reclama cor de amor. Cada verso tem seu tempo. Cada tempo tem uma história.

Pelas doces lembranças do final de semana, essas palavras precisavam ficar aqui.

E por hoje era isso. E por esses tempos desencontrados, é que, hoje, precisa ser assim.

Às nuvens...

É sempre, sempre, melhor cair das nuvens! :))

E eu só descobri agora.


Em tempo: A flor de cerejeira, que eu adorei, tá no site http://portuguesbrasileiro.istockphoto.com/index.php. Entra lá. É bem bacana. A propósito, no Japão esta é a época das cerejeiras (sakura) florescerem com a chegada da primavera. Coisa linda de se ver. :}

Saindo de fininho...



Ei, não gosto de mal-entendidos. Muito menos de gastar minhas palavras quando elas não são bem cuidadas. Por isso, deixando claro: nos últimos dias eu estou, estou sim, (re)descobrindo o azul. Mas ele agora está em outras cores. Ficou tudo tão repetitivo em azul que hoje eu prefiro o verde. Coisas da vida. Ninguém vai ficar esperando dias só de azul se eles podem ser bem mais coloridos. Ademais, são lembranças. Boas e doces lembranças para se guardar, talvez, dentro de um livro, ou, quem sabe, nos arquivos de um computador.


Em tempo: saio de fininho porque as prioridades existem na vida de gente grande. A finalização de um trabalho iniciado há quase dois anos me aguarda e, bem, vou lá terminar o que comecei. Pena, mas o blog, por um bom motivo, vai ser preterido.

Que o tempo não seja tanto a me deixar triste por ficar longe daqui. Tentarei, dentro do possível, manter os textos atualizados, mas não prometo postar tão seguido.

Assim... Desejos felinos de dias mais que lindos neste quase início de outono. Cuidem-se todos!!! E dêem uma olhada nos telhados vizinhos... Tem gente escrevendo muita coisa boa por aí. :D

Por que a pressa?



Eu não aprendi a jogar War quando era criança. Ainda não assisti a um capítulo sequer de Lost e, não, eu nunca provei o tal açaí na tigela, mesmo adorando uma vida marisqueira de vez em quando. Certo que dez entre dez pessoas já fizeram pelo menos uma dessas três coisas. Eu não. Mas, tá, e qual o problema? Mal entrei nos meus trinta anos e ainda tenho uma porção de tudo para fazer. E mesmo que estivesse com sessenta, salvo mudanças pouco prováveis, não iria apressar nada. Então, sem essa de me repreender por tão pouco. Dá licença que eu ainda tenho um bom caminho pela frente. E vou fazendo o que me agrada, assim, quando, e se, me agradar. Liberdade, me parece, serve para isso. ;)

...

Da doce Rita Apoena:

Diálogo

— E você, por que desvia o olhar?

(Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos* certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarra-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor. Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.)

— Ah. Porque eu sou tímida.

Hoje eu fiquei sem palavras. Não que elas não estejam aqui. Mas hoje elas são só poema. São só silêncio. São só tuas.

*castanhos... rsrs... :))

É só uma ilha, sim?

Arte: Paul Klee

Perguntaram-me, assim de susto, quem eu levaria para uma ilha deserta. Eu tinha dez segundos para responder, cronometrados. Bah, deu tempo só de eu saber se precisava ser alguém ou se poderia ser alguma coisa, porque nesse caso o problema estava resolvido: alguns livros, o ícone da individualidade ipod, para não ficar só no canto das gaivotas, muito protetor solar (e que fique claro que não é por causa daquele texto enfadonho do metido à gatão de meia-idade Pedro Bial), damascos, e outras coisas que me deixassem feliz. O problema é que eu fiquei sem saída, e gatos não gostam disso: era para escolher alguém e não algo. Tudo bem, é lógico que eu sei, e como nunca, quem eu levaria para um punhadinho de areia, cheio de coqueiros, rodeado de mar por todos os lados, mas não sonhem que eu vou contar aqui. E não me chamem de sem-graça. É só pensar comigo: é melhor levar um certo alguém para algum lugar, ou se deixar levar por ele?

Em tempo:

Traz a ilha para mim,
leva o pensamento daqui,
deixa teu beijo no meu,
parte outra hora.

Era uma vez uma fita...


Eu perdi uma das fitas que trouxe da Bahia [e talvez um dos desejos que nela tinha]. Pois bem, acabei de encontrar várias!!! :))


Em tempo e urgente: Pense, duas, três, e quantas vezes for preciso, antes de reclamar da vida. ;)


Beijos felinos com desejos de uma semana linda!!!!! Volto na próxima fase da lua!!! :D

...


Eu sou desatenta para muitas coisas. Inevitável. Minha parte felina, vez que outra, falha. E que bom, porque que chato seria ter de estar atenta a tudo, em todas as horas do dia. Mas algumas coisas, pessoas, lugares me atraem o olhar, quando não todos os outros sentidos juntos. Bom, daí, fim da história. Eu não sossego até sentir tudo, de tudo, o que me atrai. Bah, e alguém já percebeu que Porto Alegre tem girassóis espalhados pelos quatro cantos da cidade? Calma, não tenho nada contra as gérberas gigantes lindas mais que lindas, que de épocas em épocas resolvem florir, mas, ei, eu preciso, todos os dias, ver girassóis sorrindo por aí? Antigamente era outro o mês dos girassóis. O que eles estão fazendo no [meu] verão? Das compras no mercado ao passeio de domingo no parque, lá estão eles. E, com eles, lembranças de outros tempos. Tempos esses que deveriam ficar no seu tempo. Passado. Sei, sem paranóias, girassóis não perseguem ninguém. Desvia o olhar e pronto, Daniele. Sem chance. Entre uma cuia e outra de mate, meus olhos miravam hoje baldinhos e baldinhos cheios deles, daquele jeito, felizes como só os girassóis conseguem ser, à venda em quase todas as bancas do brique. Deve haver alguma mensagem subliminar nisso tudo. Mas, tá, vou fazer de conta que é só coincidência. Daqui a pouco alguma outra flor há de tomar o lugar dos girassóis. E que não demore. Não dá para viver rodeada de girassóis sem poder ter um jardim deles em casa. Que venham, e logo, as violetas de um belo abril! De um belo abril...


Em tempo: um girassol, feito por mim às pressas, no paint do computador, não poderia resultar em grandes coisas. Registrada em público a minha total ausência de habilidade com desenhos. Mas deu vontade de fazer uma arte [no sentido bem arteiro da palavra], e eu fiz. ;)