...

Da doce Rita Apoena:

Diálogo

— E você, por que desvia o olhar?

(Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos* certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarra-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor. Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.)

— Ah. Porque eu sou tímida.

Hoje eu fiquei sem palavras. Não que elas não estejam aqui. Mas hoje elas são só poema. São só silêncio. São só tuas.

*castanhos... rsrs... :))

4 comentários:

  1. Por que consciente ou inconscientemente o alvo de alguma forma nos afeta.
    Teus escritos me fazem sempre pensar, e isto é muito bom.
    Beijos,
    Eliane.

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  2. e continunado as divagações iniciadas nesta, já, manhã de domingo na mesa do bar...

    ...se for pra ser, que nos acerte em cheio, não é?

    deixemos um pouco a razão para outras horas. e que a vida aconteça. afinal, esta parece ser a única que temos para aproveitar! ;)

    beijos, querida. teus comentários são sempre bem-vindos!

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  3. adorei!

    sem palavras.. "não que elas não estejam aqui".

    :D
    quanto aos demais textos..
    sabe que adoro o que tu escreves né? =P
    beeijo!

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  4. obrigada, flor bonita! :))

    volta sempre.

    beijo.

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palavras são apenas palavras,
movimentam o mundo desde
sempre, mas nem todos sabem.