A Maioridade dos Simpsons

Como eu não assisti a esse, segue o comentário de quem viu...
Fala amigo! ;)

A Maioridade dos Simpsons
Pedro Calil

No ar há dezoito temporadas, a animação da família mais famosa de Springfield celebra sua maioridade com um longa metragem, Simpsons – O Filme. A receita do idealizador, Matt Groening, deu conta dos noventa minutos. Embora trate-se de um desenho, não se pode dizer que ele é fácil. O humor perspicaz proposto por Groening é dirigido a uma platéia inteligente e atenta. E mesmo neste caso, a impressão que fica é a de que no formato de cinema às vezes há perda de ritmo, mas isso fica longe de balançar a bem-intencionada idéia. Na história, Homer, habitualmente egoísta, traz um porquinho para dividir o lar com a família. Os dejetos do animal são acumulados num cilindro metálico, instalado no pátio da casa. Para livrar-se da sujeira, o pai não hesita, e lança o silo ao lago de Springfield, causando a maior catástrofe ambiental já experienciada pela cidade, que é isolada pela autoridade sanitária com uma cúpula de vidro blindado. Homer tem de reconquistar os laços com a família e salvar a comunidade do pior, a implosão já autorizada pelo governo. Enredo à parte, os Simpsons mantêm com fidelidade os traços individuais de personalidade que os fizeram adoráveis ao longo desses dezoito anos. A crítica ácida ao modelo americano e à sociedade atual permeia o longa, que não poupa de provocações temas como política, religião e a consciência ambiental, centro das atenções. Um presente maneiro para os fãs da bonecada amarela.

Simpsons – O Filme
Produzido por James L. Brooks, Matt Groening e Al Jean.

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Nietzsche, sempre ...
"É preciso ter caos e frenesi dentro de si para dar à luz uma estrela dançante."

A frase é clichê, mas é verdade. Vai dizer que não? Tudo sempre acaba bem... :)

To nem aí?


Dizem que a indiferença é o contrário do amor. Se for assim, que eu não viva sem amor um só dia da minha vida. Indiferença não é oposto de amor. É a pura falta dele. Amor próprio e amor ao próximo. Amar, gostar, desgostar são sentimentos. E a indiferença é a ausência de qualquer um. Quem é indiferente nem sentimento tem, porque vive no meio-termo. Não morre de amores, não odeia com ferocidade, não se apaixona perdidamente, não sente o coração disparar quando vê o amor da vida chegar, não sente prazer, não sofre quando isso é preciso para aprender, não cresce. Olha a vida passar, sem qualquer graça.

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Tirando, quem sabe, algumas paredes verdes, nada me é indiferente...
A lua, alguém já viu a lua linda que faz nesta semana? :)

Corpo em movimento


Grupo Corpo! Programe-se: Eles retornam a Porto Alegre em novembro, desta vez no Teatro do SESI. Imperdível!

Ficha técnica
Diretor Artístico: Paulo Pederneiras
Coreógrafo: Rodrigo Pederneiras
Diretora de Ensaios: Carmen Purri
Diretor Técnico: Pedro Pederneiras
Site: www.grupocorpo.com.br

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Giz
Legião Urbana

E mesmo sem te ver
Acho até que estou indo bem
Só apareço, por assim dizer
Quando convém aparecer
Ou quando quero
Quando quero

Desenho toda a calçada
Acaba o giz, tem tijolo de construção
Eu rabisco o sol que a chuva apagou
Quero que saibas que me lembro
Queria até que pudesses me ver
És parte ainda do que me faz forte
Pra ser honesto
Só um pouquinho infeliz

Mas tudo bem
Tudo bem, tudo bem...
Lá vem, lá vem, lá vem
De novo
Acho que estou gostando de alguém
E é de ti que não me esquecerei
Está tudo bem, tudo bem...




Queimar navios



"Ah, se já perdemos a noção da hora 
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Ah, se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir."


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Não é simples. Ninguém nunca disse que seria.

Reconstruindo amores

Produção dinamarquesa, Reconstrução de um Amor é um filme espetacular. A fotografia é maravilhosa, mesclando cenas de um colorido fascinante com outras de nuance gris. Diálogos interessantes sem serem cansativos e um enredo não-linear que me pôs sorriso nos lábios. Não há muito o que falar do filme. Melhor é assistir. 

Título Original: Reconstruction
Gênero: Romance
Origem/Ano: DIN/2003
Duração: 90 min
Direção: Cristoffer Boe

Nas graças da gata...


Se caiu nas minhas graças, merece estar aqui. Este texto é de um amigo muito querido. Colega de trabalho, de almoço, de conversa séria e de molecagem. Forte no nome e na personalidade. Tem um coração enorme e um ombro que me acalenta sempre carinhosamente nas horas de sufoco. Por isso, merece um espaço especial não só na minha vida, mas no meu cantinho. Beijos amigão. Que a tua vida seja uma sucessão de momentos felizes daqui em diante! 


O SEGREDO
por Pedro Calil*

*Ele por ele: músico apaixonado e compositor sem televisão

Rhonda Byrne parece mesmo ter conseguido voltar os olhos do mundo para sua velha novidade: The Secret - O Segredo. O livro de auto-ajuda e programação neuro-lingüistica, óbvio recordista de vendas, ganhou adaptação para o cinema e, com isso, a minha revisão crítica sobre a coisa. A idéia central é a mesma que mantém em constante esvaziamento as prateleiras mais cobiçadas das livrarias, bancas de revistas e até mesmo de algumas farmácias (ou você é do tempo que farmácia vendia Aspirina?): a de que somos o que acreditamos ser e a de que atraímos o que queremos ter. E esta idéia não é nada má, pensamento positivo comprovadamente faz bem. Agora, o formato dado ao filme é patético. Meia dúzia de participantes se alternam em depoimentos que ameaçam a titulação acadêmica exibida na legenda. É muita ginástica facial, chega a lembrar os vendedores de sabonete da Amway. Ao fundo, desenhos de átomos e outras alegorias comprometem a atenção do espectador. Mas o que faz o filme desmoronar é a insistência no uso do “segredo” para servir ao consumismo. E isso é escancarado. Há espaço para um e outro caso de superação, de conquistas de outra ordem, ficando o grosso com o investimento em bens de consumo. O menino sonha com uma bicicleta, o jovem, com ares de semi-retardado, um carro esportivo, e o coroa quer uma mansão. Talvez a autora se justifique argumentado que assim a mensagem fique mais inteligível ao público. Eu não ficaria assombrado com a cara-de-pau. Enfim, os velhos conselhos de mãe em formato fast-food. Mas segredo, se bem me lembro, não se conta.


Título: The Secret - O Segredo
Autor: Byrne, Rhonda
Editora: Ediouro (rj)

Dia dos solteiros




Hoje, quinze de agosto, é o dia dos solteiros. Fiquei sabendo há pouco. Pensei: mais do que justo. Se há o dia dos namorados, por que não um para brindar a liberdade? Eu, certo, vou de Stones:


I'm free to do what I want any old time/Sou livre pra fazer o que quero a qualquer hora
I'm free to choose who I see any old time/Sou livre pra escolher quem eu quero ver a qualquer hora
I'm free to bring who I choose any old time/Sou livre pra trazer quem escolho a qualquer hora
Love me hold me, love me hold me/Então me ame, me abrace
I'm free to do what I want any old time/Sou livre pra fazer o que quero a qualquer hora


Férias de verão em pleno agosto no Rio Grande do Sul... Nada melhor para comemorar o dia e a noite (que de criança não tem nada)... rsrsrs...

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Um amigo pediu para que eu escrevesse sobre sedução. Ele sabe que eu tentei e, hoje, após três dias criando reviravoltas na minha cabeça para encontrar algumas linhas, confesso: não consigo. Sedução não se descreve. Sente-se, partilha-se, e só. Sedução, por si mesma, basta em si. É instinto. Não tem palavras. Eis uma boa dica, amigo querido: "É tão melhor desejar do que ter. O momento do desejo é o mais extraordinário. O momento do desejo, quando você sabe que algo vai acontecer - esse é o mais emocionante." Anouk Aimée

Noite e noites e dias e dias de sedução são necessários, vitais e inevitáveis...

Divã numa rampa de vôo-livre



Um dia lindo de domingo. Melhor ainda se visto do alto. Se alguém já subiu o morro de Osório, aqui no Rio Grande do Sul, sabe do que eu estou falando. Tudo bem, não é a espetacular beleza da Pedra da Gávea, no Rio, mas a paisagem fica linda lá de cima. O Morro da Borússia (ok, o nome é estranho e concordo que dá vontade de rir, mas você esquece rapidinho isso quando chega lá). O visual é lindo. Uns 5km de subida e é possível avistar inúmeras lagoas da região e, ao fundo, o mar. Eu, adoradora da natureza que sou, me senti em casa. Felina selvagem? Sem dúvidas me soa melhor que gata domesticada. Mas o que me chamou a atenção foi a rampa de salto-livre. Uma estrutura de madeira, simples, projetada para saltos de asa-delta me valeu mais que muitas sessões no divã. Explico: Ao chegar no último mirante, eu, já embevecida com a beleza do lugar, fui, de pronto, o mais próximo que pude do final da rampa, deliciando-me com o contraste do verde da mata e o azul das águas e do céu. Na minha mente era possível pintar um arco-íris de lilás ali. Mais alguns minutos e, juro, eu encontrava o estado do nirvana. Paz, sossego, o suave calor do sol de inverno no rosto. Descobri um paraíso entre dias de semana tão corridos. A interrupção do meu momento zen veio quando uma mãe, que estava ali por perto, zelosa pelo filho, gritou para o pequeno ter cuidado com os vãos da rampa. Pronto. Quem olhou para os tais vãos fui eu. E porquê? Que sensação ruim. Desequilibrei legal. Quem conhece rampa de salto-livre sabe que as madeiras são um tanto separadas, acredito que para dar a flexibilidade necessária ao impulso e aos saltos. Pois bem, logicamente, entre estas fendas se consegue ver o chão. Aquela mesma sensação de quando se passa por uma ponte pênsil, daquelas bem antigas de madeira, que balançam para caramba. Se você olhar para baixo, já era. Desequilibra mesmo. Ali era de uns cinco ou seis metros a altura, e eu senti um friozinho na barriga quando olhei para baixo. O vento era forte e, naquele momento, eu esqueci da beleza que tinha a minha volta, prestando atenção no medo de perder o equilíbrio. Mas bastou olhar novamente para o horizonte para que a boa sensação voltasse. E daí, bom, difícil não associar. Os medos sempre estão ali, em você, em algum lugar guardados na história da sua vida, nos seus segredos, no seu íntimo, naquele cantinho de você que só mesmo você conhece, e basta que se dê um tanto de atenção a eles, os problemas, para surgirem e, literalmente, nos tirarem o equilíbrio. Não é possível mandar os medos embora, muito menos fingir que eles não existem. É normal do ser-humano sentir medo quando vê sua segurança ou sua individualidade em perigo. Pode até ser saudável que os medos, as ansiedades, as inseguranças, vez por outra, tentem aflorar, para termos a certeza de podermos vencê-las. Conheço algumas pessoas que dizem não ter medo de nada. Não sei até onde pode ser possível, mas respeito a convicção de cada um. Já aos que convivem com seus medos, e sabiamente os vencem, saudações felinas. Saber olhar o horizonte é para poucos. Ver a vida assim, também. E são essas as pessoas que eu quero do meu lado daqui em diante.

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OSÓRIO
MORRO DA BORÚSSIA
Serra com beleza da Mata Atlântica, altitude 400 m, excelente para a prática de vôo livre e linda vista panorâmica, podendo-se observar a serra, lagoas e o Oceano Atlântico.
CASCATA DA BORÚSSIA
Com infra-estrutura de lazer, área para piquenique e churrasco. Propriedade particular, distante 12Km da sede. Entrada pelo Km 98 da BR 101 perto de Osório.
COMPLEXO DE LAGOAS
Cordão de lagoas interligadas, correndo paralelo ao Oceano Atlântico. Possibilita a nevegação e a prática de esportes náuticos.

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Para a minha e a tua alma, um pouco (just a little) de Zeca Baleiro:

"eu bem que tento
tento entender
mas a minha alma não quer nem saber
só quer entrar em você
como tantas vezes já me viu fazer
e eu digo
calma alma minha
calminha
você tem muito o que aprender."


São reticências... Reticências da minh´alma nesta madrugada de sexta-feira...

A segunda vez a gente não esquece


Assisti pela segunda vez ao filme "Crash-No Limite", do diretor Paul Haggis. Para alegrar meus olhos (a fotografia é bonita), os ouvidos (a trilha sonora é maravilhosa), e, porque não, a minha alma, que pede constantes inovações, foi tão ou mais estimulante e questionador vê-lo outra vez. Confesso, chorei. Desta vez em cenas diferentes, mas chorei. É triste saber que as pessoas, pelos menos, e infelizmente, a maioria delas, ainda vive cercada de preconceitos estúpidos e mecanicamente estereotipados. Não me agradam, nem nunca me agradaram, julgamentos infundados em razão de raça, opção sexual ou religião. Ou seja, falta de respeito ao próximo, é, sem sombra de dúvidas, uma atitude egoísta e ridícula. E falo de respeito, não de tolerância, porque esta a gente exercita quando está, literalmente, no limite. Ela me parece feia, cheia de rancor. Se você diz "eu tolero muitas coisas", significa que as tais coisas te incomodam tanto a ponto de quase explodir, e mandar pelos ares a individualidade da outra pessoa. É como se estivesse advertindo: não ultrapasse aí, porque o aí, no caso, é o meu limite. Se ultrapassar, não me responsabilizo pelas minhas atitudes. Respeitar é diferente. É nobre. É bonito. Vem do coração. Quem respeita não fica no ponto-limite da ingorante intolerância. Crash vale a pena ser visto por isto: por mostrar como o ser humano pode ser extremamente destrutivo ou apaixonantemente construtivo. É uma questão de opção e afirmação de pensamentos como modo de vida. Claro, o filme vale por muito mais, que deixo a critério de cada um decidir. Embora seja uma produção norte-americana, merece louvores, pois consegue passar uma visão diferente dos filmes tipicamente hollywoodianos, e prende a atenção do início ao fim. Assista uma, duas, inúmeras vezes a Crash. Dá pano para manga discutir sobre ele numa mesa de bar.


O filme é ambientado em Los Angeles e mostra várias situações em que pessoas acabam se aproximando em razão de acidentes de carro, tiroteios e roubo. A maioria das personagens retratadas neste filme são, de alguma maneira, prejudicadas por sua etnia e acabam envolvidas em conflitos que as forçam a examinar seus próprios preconceitos.

Ficha Técnica
Título Original: Crash
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 113 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2004
Site Oficial: www.crashfilm.com
Direção: Paul Haggis
Roteiro: Paul Haggis e Robert Moresco, baseado em estória de Paul Haggis
Produção: Don Cheadle, Paul Haggis, Mark R. Harris, Cathy Schulman e Bob Yari
Música: Mark Isham
Fotografia: James Muro
Desenho de Produção: Laurence Bennett
Direção de Arte: Brandee Dell'Aringa
Figurino: Linda M. Bass
Edição: Hughes Winborne
Efeitos Especiais: Luma Pictures

Lilás para te encantar



Quem me conhece sabe o quanto sou apaixonada pela cor lilás. Pois bem, hoje descobri que a cor é lilás, e não violeta, púrpura ou magenta, por não ter o vermelho em sua composição. Mas tinha que faltar justamente o vermelho, cor da paixão? Eu não vivo sem paixões. Como vou viver sem o meu amor ao lilás? O Djavan canta que "nas pontas de estrelas perdidas no mar/ pra chover de emoção trovejar/ raio se libertou/ clareou muito mais/se encantou pela cor lilás". Lilás é a cor da minha alma, do meu amor, mesmo que sem o vermelho. É o tom dos meus sonhos e dos meus amores. Eu sei que a vida não é rosa, mas se eu pudesse, ah (!) ela seria lilás. Se os jacarandás de Lisboa colorem o chão de lilás, é no lilás dos meus pensamentos que hoje os meus beijos vão a te encontrar. Na paz que só o teu abraço é capaz de me dar, mando sentimentos bons para te guiar.

Desejos felinos de uma semana de lindos dias em lilás...

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Será muito rock n´roll para a tua bossa nova? Já não sei... Perturba meu sono, distrai meu pensamento. E eu só consigo, sem o doce encanto das tuas palavras, pensar nesta letra do Cazuza:

"Como é triste a tua beleza
Que é beleza em mim também
Vem do teu sol que é noturno
Não machuca e nem faz bem

Você chega e sai e some
E eu te amo assim tão só
Tão somente o teu segredo
E mais uns cem, mais uns cem

Tudo azul, tudo azul
Completamente blue
Tudo azul."

Não gosto desse jogo


Os verbos da moda agora são bloquear e desbloquear. Não, nada de telefone ou conta-corrente. Estou falando de pessoas. Amigos, como são chamados no orkut, e contatos, no messenger. Tenho conhecidos que costumam fazer isso com a maior freqüência e eu, com a mesma, fico impressionada com tal atitude. Tudo bem, se tem algo que eu prezo é aquela máxima de que cada um faz o que bem entende da sua vida e não deve explicação aos outros, mas confesso que esse paradoxo de adicionar (eis outro verbo moderno) enlouquecidamente pessoas que, muitas vezes, mal se acabou de conhecer, nos programas de relacionamento ou de conversação, só para aumentar o suposto "ibope" pessoal, e depois bloqueá-los como se fossem peças de xadrez que ora se coloca em um lugar, ora em outro, dependendo da situação que for ao jogador favorável, me soa, no mínimo, infantil. Sei que acontece de, em algumas ocasiões, conhecermos pessoas que, de início, nos agradam, depois, já não tanto, e aí, tudo bem, nada demais em manter um afastamento saudável até para que o outro não se torne uma pedra no seu sapato. Simpatia e antipatia acontecem, é natural. Mas daí a ficar bloqueando e desbloqueando, adicionando e excluindo pessoas, é, isso sim, uma tremenda falta de maturidade. Reflexo dos tempos de relacionamentos superficiais e "de bolso", como descreve Zigmunt Bauman em "Amor Líquido". Pessoas chatas existem, e sempre haverá uma ou algumas na sua vida, como o/a ex-namorado/a que não desgruda, a sogra, o cunhado maledicente, o chefe irritado, a vizinha inconveniente. E, lógico, tem momentos na vida em que você gostaria de exportá-los, junto com todos os problemas, para outro planeta bem distante. Agora, a menos que você seja um psicopata, não é recomendável sair por aí excluindo todos que estiverem, de alguma forma, incomodando a sua utópica vida perfeitinha. Excluir ou bloquear os outros é, no meu entender, para quem tem medo de ouvir verdades, para quem tem medo de conversar e não conseguir convencer, para quem tem medo de sentimento, de movimento, do confronto saudável, do olhar direto e das palavras também. Particularmente, e eu gosto assim, atraem-me outros verbos, que não os tão usados hoje em dia. Amar, gostar, preferir, adorar, unir, separar, escolher, ganhar, perder, conhecer, atrair, provar são alguns dos que me dão a deliciosa certeza de viver no mundo real. Esse jogo de bloquear e excluir pessoas nunca foi meu forte, mas à vontade quem se acha no direito de fazê-lo.

Inclua, e não exlua, pessoas na sua vida... Uma noite chuvosa é propícia para tanto...
Atualização do post [31.12.08]: eu pensava assim porque nunca tinha amado. ou não sabia amar. amar, sem ter amor, dói. e qualquer maneira de tentar amenizar essa dor é válida.