Queimar navios



"Ah, se já perdemos a noção da hora 
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Ah, se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir."


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Não é simples. Ninguém nunca disse que seria.

6 comentários:

  1. Ótimo gancho para uma linda música!!!

    Uma das minhas favoritas do Chico... uma parceria dele com o Tom e que foi feita por "encomenda" para o filme do Jabor, com o mesmo nome.

    Dizem que essa era a música favorita do Chico para fazer as pazes com a Marieta Severo... mas acho que é lenda, os mortais precisariam disso... ele não :)

    E se não é simples é porque tornas complicado...

    Lindo texto, como sempre!

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  2. também é uma das minhas favoritas, lu.

    possível que não seja lenda... tudo fica mais fácil, bonito e suave com uma doce melodia. mais ou menos como naquela letra do wilson sideral: "um dia feliz às vezes é muito raro/falar é complicado/quero uma canção." :)

    bj menino!

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  3. SUR-PRESO, POR QUÊ?

    Contemplo teu silêncio. Sereno, esguio. Quase frágil... Surpreendentemente inesperada, eis que surge uma pena vigorosa, desafiadora, inquietante, até meio sarcástica e, quem sabe, cúmplice de suas crônicas: descrição de uma literata? Acabo preso - e aprendendo - pela palavra, que me trancafia, mas também me liberta, com a vontade de continuar lendo outros de teus causos felinos.

    E pensar que pensei nisso essa manhã, enquanto era acupunturado...
    Estou queimando meus navios, mas ainda com a vontade de apagar o fogo... Como queima, como dói. Acabarei chamuscado. Ou seria carbonizado? Acho que faz parte do processo.

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  4. preso? mas aprendendo... então confesso que gostei! embora a liberdade seja tão necessária, "estar-se preso por vontade", como cantou o renato russo, pode ser interessante. :)

    embora sem conseguir identificar o remetente, o que é uma pena, obrigada pelas palavras. muito lindas!

    e... ei, nada de acabar... estás recomeçando. é isso que importa, ok? ;)

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  5. no início deste ano tive uma experiência revolucionária participando de uma espécie de encontro de estudantes lá no estado de minas...

    após toda a preparação, vivência e retomada, passados cerca de 27 dias, aquela preparação foi "encerrada" com uma mística que falava sobre queimar navios.

    nela, cada pessoa tinha que ir ao meio da roda, pegar um pouco de fogo na fogueira e jogar em um barco de papel bem grande que o pessoal da organização tinha confeccionado.

    nessa situação deveria se dizer o que queimávamos. queimei a opressão. mais ao lado, íamos a um cesto e pegávamos uma fitinha vermelha. e dizíamos então o que plantávamos. plantei a alegria.

    e assim, muitas coisas foram queimadas e tantas outras plantadas. foi uma experiência muito interessante e renovadora.

    daí me recordei da história original, mas restavam apenas algumas informações bem vagas. busquei e então encontrei por aqui que surgiu de pizarro ao desembarcar na américa do sul.

    gostei demais.
    abraços,
    camila

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  6. camila, mesmo tarde, sempre é tempo [dizem por aí...]. atrasei na resposta ao teu comentário. mas, eis um dos meus defeitos de fábrica: sou distraída! e, com isso, acabo perdendo coisas importantes...

    sorry pela demora. e muito obrigada, de coração, pelo comentário.

    :)

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