Sexy piano

Ela gosta de rock e toca piano. Rhapsody in blue em pauta de beijos. Quentes. Sexy piano. Com acordes de corar o mais resistente dos meninos crescidos. Em notas de lilás com jasmim, de pó de canela com flor de lis. Suspiros de espuma do mar. Em areia fina. Em noites de lua. Rápida. E de andar espartano. Cuidadosa. Sim, ela é uma gata. Ei, mas é só uma gata. Sozinha. Arisca, recua. Segura, ataca. Com gosto, e, posso apostar, instinto e a mais provocante doçura.





Envolta

De banda. E na volta para casa.

Não. Não vou fazer como o FHC e pedir para que esqueçam o que escrevi. As palavras fazem parte de mim. Parte da minha alma. Parte do meu mundo. E como disse, ontem, uma grande amiga: "declara logo o fim dessa tua pausa meditativa". Eis aqui uma felina resistente a mudanças, mas que muda uma vez que outra. Ah (!), e quando muda... Ninguém segura. Sim, babies, voltei. E com as garrinhas afiadas como nunca. Bom, se a minha amiga declarou, por mim, o fim da pausa, nada mais me resta a não ser dizer que eu fico! E volto a escrever em reticências. Aliás, não deveria nem ter parado.



.


Sim, às vezes é preciso se perder [e que bom se for por amor] para se reencontrar.


Envolta. Com a
vida! :))

Agora eu preciso parar

Quem sabe os motivos pelos quais eu comecei o blog, vai entender por qual deles agora eu preciso parar...

Era uma vez uma menina que acreditava no amor... Mas viver o amor era tão difícil, que parecia impossível. Então ela começou a escrever. Sem dúvidas, as palavras são mais fáceis quando sonhadas, quando em poesia, quando em canto. E, de palavra em palavra, a menina aprendeu que beijos e abraços não são junções de frases em verso, que sentimentos são se separam em sílabas, e que sensações não precisam rimar com nomes ou idades. A menina aprendeu que, para amar, basta o amor acontecer. Em azul ou em qualquer cor. Aprendeu que é preciso voar, que é preciso sentir antes de pensar, e que é preciso, antes de mais nada, deixar as palavras e desenhar a vida. A menina, que não cresceu, e nem quer crescer, porque ainda tem desejos de criança, enfim vai viver, porque, que bom (!), ainda acredita no amor.

Em lua quase crescente do mês de agosto, na proximidade de viver três vezes o infinito, eu preciso de uma pausa para sair das palavras e viver o que a vida quer me ensinar. Que caminho eu vou seguir daqui em diante, que sensações eu vou descobrir, que segredos vou viver, tudo, agora, vai estar em mim, sem escrita, e em quem, de coração aberto, estiver comigo.

As coisas acontecem no momento certo. E a alma entende a linguagem do tempo. A minha e a tua estão juntas. :))

Tenho certeza de que as pessoas que acompanharam este blog até aqui têm, todas, cores de sentimentos lindos, e não chegaram até aqui por acaso. Que Deus cuide de cada uma como tem cuidado de mim até agora.

Em tempo, e eu preciso dizer isto antes de parar: Não largue nunca da mão de quem você ama. Nunca.

:))

Shiraz e morangos

Eu li Isabel Allende há alguns anos. Ontem o livro Afrodite: contos, receitas e outros afrodisíacos caiu de novo nas minhas mãos. Dessa vez, sem leituras apressadas. Estou degustando vagarosamente:


“…o único afrodisíaco verdadeiramente infalível é o amor. Nada consegue deter a paixão acesa de duas pessoas apaixonadas. Neste caso não importam os achaques da existência, o furor dos anos, o envelhecimento físico ou a mesquinhez das oportunidades; os amantes dão um jeito de se amarem porque, por definição, esse é o seu destino.”



.


Shiraz e morangos. A tua boca na minha. Doce.

Um blues. A dois e com tudo in blue. Com lua de agosto.

E o gosto da tua alma em mim.

Ah (!), shiraz e morangos.

Saudade

Eu te guardo nas coisas mais bonitas de mim.




.Queria acelerar o tempo. Sim, queria. Mas, ainda que nesse tempo distante, eu sinto aroma de baunilha e vejo cores, como naquela letra linda do Vitor Ramil, de um céu violetamente céu. Então eu não preciso reclamar do tempo. Em pensamento todos os meus minutos já são teus.