Silêncios

Nós já temos encontro marcado.
Eu só não sei quando;
Se daqui a dois dias,
se daqui a mil anos.


Jorge Vercilo

.Que o tempo jamais [te]

leve [de mim].

De cetim e rosas




Eu sei, apenas, que os teus lábios devem ter gosto de açúcar. Lábios de açúcar. Nos meus. Sem pressa. E sendo doces, os teus beijos, devem ter todas as cores. As minhas cores nas tuas. Em amores de manhãs, tardes e luas.

Eu só sei que o teu corpo, no meu, há de parecer com vulcões, tempestades. Intermináveis. Em eclipses, deslizes de boca, mãos, nuca. Enredos suaves de nuvens de pernas e abraços. Em sentidos. Cetim e rosas.




.Segunda-feira
com gotas de chuva.

Coincidentemente azul



"Estranho seria se eu não me apaixonasse por você."

Nando Reis




Um café em meia hora. E tudo ficou da cor do mar.



:))

Mercy!

A moça aí, Aimee Anne Duffy, em um indi rock vindo direto do País de Gales, fez da minha segunda-feira uma das melhores. Mercy é capaz de me fazer dançar no meio da rua. Feliz.




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.i don't know what this is
'cos you got me good
just like you knew you would.

La dolce vita [da Osvaldo Aranha à Independência]


O meu amado Bom Fim tem coisas que me encantam. Todos os dias. E, nos dias, todas as coisas. Para constar, dentre elas, os doces. Dos bárbaros aos da Andaluzia. É uma doçura. Açúcar branco e blue, como naquela poesia da Ana Cristina César. Em finais de semana tão saborosos, eu me encanto cada vez mais. Inevitável. Não tem volta: essas coisas doces me prendem. E, confesso, do alto dos meus trinta e poucos anos é um doce poder dizer que uma fatia do delicioso chajá da Barcelona, com uma xícara de capuccino, me faz acreditar que a felicidade está mesmo nas coisas mais simples da vida.







.Favos de mel.

Doces.

Em luas





"Blue moon,
you knew just what i was there for
you heard me saying a prayer for
somebody i realy could care for."

[Billie Holiday]




Em noites de lua eu pediria minha boca na tua.

Mon amour em nuvens

Paolo Casalis

Sabe quando as palavras flutuam, assim, soltas no doce silêncio das invenções lúdicas? Ando assim com elas, as palavras, perdidas. Por isso eu peço, com aquele jeito de quem não quer nada e precisa de tudo: me faça um poema. Sim, um poema de intermináveis delícias. E me diga mon amour em sussurros. Quando? Agora, oras! Todos os dias, de cinco em cinco minutos, até acabar o nosso mundo. Com os nossos segredos. Juntos. Ah, e me dê um livro. Antigo. Bonito. Com um colo. E uns versos do Pessoa naquela xícara branca com o meu chá de baunilha preferido. Mas sem heterônimos desta vez, está bem? Dois nacos de nuvens, como em um dos meus títulos preferidos de você sabe quem. Algumas flores. Em lilás. Em giz. E... Pronto, não, não preciso de mais nada. Agora vem. Fica aqui comigo. Em silêncio. Em paz.





.Nas nuvens,
mon amour!

Fronteiras

Para aqueles que, como eu, ficaram fora do Fronteiras do Pensamento, a consolação de poder, ao menos, navegar até lá pelas ondas virtuais: http://www.fronteirasdopensamento.com.br/.


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Meu desejo de participar, como o de muitos, esbarrou no valor
dos ingressos. Bobeia tem show de algum grupo de axé rolando grátis por aí. Oh, céus [do meu Brasil]!

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E hoje foi o dia da Beatriz Sarlo e do meu adorado Affonso Romano de Sant'Anna :(

Sem jogo


Eu não gosto quando me dizem que no amor é preciso jogar. Quem joga pode ganhar. E perder. Muito. Amar, salvo se eu estiver muito enganada, não é apostar, arriscar ou qualquer outra coisa que pareça colocar sentimentos em naipes ou números da sorte. Amar acontece. E se você joga não ama, porque quem ama não se importa com perdas ou ganhos. Amar não se negocia. Amar só se ama. Sem contas. Com cantos. Com conchas e estrelas do mar no céu de anil ou no céu da boca. Amar se faz, mesmo, amando. É, aí sim, apostar para ver!



Bill Brandt, SoHo bedroom



No sé que hacer

si tu quieres volver otra vez aquí.


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[J. Morales]