Eu bem que tentei. Fiz até um clima assim, meio Mário Quintana, com café preto e, na falta do quindim, uma trufa de amarula, e tentei escrever algumas linhas na velha máquina de escrever. Uma Olivetti, naquele verde inconfundível, super-conservada, impecável mesmo. Para meu deleite, na casa do meu pai as antigas máquinas manuais sobreviveram... Mas não consegui ir muito adiante na minha empreitada. Tá legal, valorizar o antigo é bacana, e eu curto um passeio nos deliciantes museus de Porto Alegre, mas desta vez me rendi às facilidades da vida moderna. Se errou, deleta. Se esqueceu, insere. E se não gostou, já para a lixeira. Nada mais prático para quem, como eu, ama a escrita e gostaria que, não só o Unibanco, mas o dia, tivesse mesmo trinta horas para poder escrever, escrever, escrever... Bom, continuo viciada em café e chocolate, desde que ambos sejam amargos, mas, com o devido reconhecimento aos inventos de Remington, Renault e Olivetti, a velha maquineta virou mesmo peça de museu, embora aos meus olhos, ainda linda.
Amada Olivetti
Eu bem que tentei. Fiz até um clima assim, meio Mário Quintana, com café preto e, na falta do quindim, uma trufa de amarula, e tentei escrever algumas linhas na velha máquina de escrever. Uma Olivetti, naquele verde inconfundível, super-conservada, impecável mesmo. Para meu deleite, na casa do meu pai as antigas máquinas manuais sobreviveram... Mas não consegui ir muito adiante na minha empreitada. Tá legal, valorizar o antigo é bacana, e eu curto um passeio nos deliciantes museus de Porto Alegre, mas desta vez me rendi às facilidades da vida moderna. Se errou, deleta. Se esqueceu, insere. E se não gostou, já para a lixeira. Nada mais prático para quem, como eu, ama a escrita e gostaria que, não só o Unibanco, mas o dia, tivesse mesmo trinta horas para poder escrever, escrever, escrever... Bom, continuo viciada em café e chocolate, desde que ambos sejam amargos, mas, com o devido reconhecimento aos inventos de Remington, Renault e Olivetti, a velha maquineta virou mesmo peça de museu, embora aos meus olhos, ainda linda.
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a olivetti é quase o nanking do arquiteto... existe um ritual, separar as canetas... sim, existem várias espessuras de linha para fazer um bom desenho... 0.1, 0.3, 0.6, e a querida 1.2... limpar as penas em um copinho de café com solvente ou outra coisa que o cheiro provoque certa tontura... esticar o amarelado papel vegetal sobre a prancheta... deixar uma gilete a mão para um eventual (ou nem tão eventual...) risco bêbado... tudo isso para um desenho que é muito mais rápido de fazer num computador...
ResponderExcluirmas qual é a graça de fazer sempre da maneira mais rápida e tranqüila?
o romantismo de certos ritos, por mais ultrapassados que sejam, é o que tempera nossa vida...
lindos textos, baita blog!