De coração


Inevitável, hoje, depois de ouvir que eu, supostamente, tenho coração de pedra, não lembrar esse trecho de Coração Selvagem, do Belchior: "Mas quando você me amar, me abrace e me beije bem devagar, que é para eu ter tempo, tempo de me apaixonar". O tempo, para os assumidamente insaciáveis como eu, sempre é pouco. E é precioso. Por isso eu não gosto das coisas aos pedaços. Gosto do inteiro. "O infinito de um momento rápido", como na canção da Zélia Duncan, não me sustenta. Para alguns é defeito, bem sei, mas é o meu jeito. Ambição? Avidez? Nunca me preocupei em descobrir. Mas para mim tem que ser assim. Com todo o tempo do mundo, e sentindo tudo. Não tem segredo. Meu coração não é de pedra, ele é de nuvem. É livre e é infinitamente lindo.

2 comentários:

  1. Belchior... Z. Duncan... corações de nuvem... :)

    Complemento com Nando Reis...

    "Espatódea
    Gineceu
    Cor de pólen

    Sol do dia
    Nuvem branca
    Sem sardas"

    Ah se todos tivessem corações de nuvens brancas... e se tiverem sardas, ahhhh melhor ainda!!!

    bom final de semana!

    ResponderExcluir
  2. impossível não ter um final de semana maravilhoso com estas doces palavras.

    um encanto.

    obrigada!

    ResponderExcluir

palavras são apenas palavras,
movimentam o mundo desde
sempre, mas nem todos sabem.