Silente poesia húngara [sem ser húngara para ti]

Cartier Bresson

Escuta o silêncio em mim. Não me pergunta. Nada. Cala o medo e a saudade. Que a vida corre. E, com ela, as minhas palavras que, pelo vento ou em pensamento, chegam a ti. Por quê? Por esse amar, do meu jeito, que quer céu, quer mar, quer cor e embaralho de coisas. Em misturas. Combinações. Mesmo que desajeitadas. Mas juntas. Esse amor que quer buscar estrelas e roubar beijos da tua boca de lábios doces. De açúcar. Doces. Sim, eu sei, culpa da minha alma que pede coisas bonitas que me faz ser assim. Inteira. Um inteiramente sentir que não tem fim. Que me toma em versos de poesia, talvez, húngara. Talvez nua. Tua. Em forma de versos milimetricamente alterados por sensações infinitamente bonitas de vontades que precisam ser guardadas. Desculpa, esqueci de te falar sobre os poemas húngaros. Mas agora eles vão ficar aqui. E era para eu te contar tantos e tantos segredos. Em tantas cores. Em tantas rimas. Mas a rima de mim mesma hoje ri, com medo, das minhas coisas. E se esconde, tímida, de ti. Pelo simples e inexplicável fato de precisar ser assim.







.é bom, de noite, olhar o céu

2 comentários:

  1. alguns silêncios doem no ouvido. certos ouvidos reclamam disso...

    para concatenar os pensamentos, me falta conhecimento de poesia (ainda mais húngara). te disse que preciso de muito "chão" para te acompanhar.

    já que a lua é o que me sobra, vou ficar olhando para ela. quem sabe ela fala comigo??

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  2. mas ninguém precisa de chão para viver em poesia! ;)

    obrigada pelas visitas [na versão anônima e, bem melhor, na versão Dani :)]. os teus doces comentários serão sempre bem-vindos aqui. e os que não estiverem postados, ficarão na minha alma :))

    beijos de
    lua.

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palavras são apenas palavras,
movimentam o mundo desde
sempre, mas nem todos sabem.