Analógica

Liliana Sanches

Ana, se precisar de verdades, fala. Todas. Sem metades ou invenções metafísicas. Podem ser frases em linhas tortas. Mas exercita a língua, Ana, em palavras certas, no momento em que entender correto. Pouco importa o antes. Lembra que do agora surge o teu reclame, o teu presente, a tua vontade. Se quiser chorar, Ana, fica só com a parte do que precisa ser dito. Ouvido. Sentido. Prova, sem culpa, o dom da narrativa breve e larga de significado. Usa a razão com bom senso. Faz da intuição teu guia. E segue sozinha os teus caminhos. Eu preciso partir.

3 comentários:

  1. Essa de falar a verdade é de uma criancice... S/ pejorativos, mas as crianças tem essa virtude. Dizer a verdade nessa altura do campeonato ou é metaforizada ou grosseiramente. E qual seria o problema? Pra quem diz? Ou p/ quem ouve?
    O pior é essa expressão:
    - Bom... Éééé... Na verdade...
    Porra, será que tem o "na mentira"? rs
    bjo

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  2. Em falar nisso, tem muita analogia na lógica de Ana.
    ?Eso es verdad?

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  3. as crianças têm virtudes que nós, adultos, perdemos quando esquecemos de viver com leveza. dá para falar verdades sem agredir, mas para isso é preciso ter o cuidado ingênuo que os pequenos têm.

    bah [!], esse "ééé... na verdade..." é a pior das falácias.

    e, sim, qualquer semelhança não é mera coincidência na lógica de Ana.

    beijão!

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palavras são apenas palavras,
movimentam o mundo desde
sempre, mas nem todos sabem.