transcrição


Amy Melious

é de lua em flor o meu amor por ti de papel passado a limpo em vidas unidas por coisas bonitas enlaces de mãos e troca de olhares num postal ou em letra escarlate pintada noir em cubos cúmulos nimbos de cores invertidas círculos viciantes de beijos apaixonados e sussurros em madrugadas feitas de planos para fugas combinadas nas manhãs de domingo quando a gente brincava de ser flor e bicho e entregava os pontos deitados na grama ou sob a chuva de setembro lembra dos nossos doces novembros primaveras verões e estações até de outros planetas quando você contou todos os anéis de Saturno e eu disse que preferia Urano só para mostrar desafio - o meu jeito lógico prático cartesiano -  mas você sempre preferiu a literatura e eu entendo que a minha física não seja lá essas coisas mas importa agora a nossa química que funciona e você nem precisa da tabela periódica para saber que eu sou de fases relativas e sagradas então não saia de perto venha mais perto chega mais perto de mim e não vá embora como quem saiu da banca de jornal depois de comprar um cigarro pode voltar aqui me encher de beijos me convidar para a farra tomar um porre e dormir junto sem precisar explicar nada para ninguém vem que a nossa história começou agora deixa tudo lá fora esquece a cara amarrada e o que foi dito no passado imperfeito dos desencontros não há gostar sem trégua sem um pingo de mágoa que acaba quando a alma se entrega e recebe o que precisa para viver.

5 comentários:

  1. É... o momento... valorizado!
    Beijo! (sempre gosto da maneira que escreves... da sofisticação)

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  2. Legal o teu espaço, parabéns!
    Além de seguir, o meu blog já tem um pedaço teu lá no 'mistão'.
    Abraço!

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  3. oi, Ricardo, a sofisticação está na alma de quem lê ;))

    Valdívia, gostei muito do teu blogue. tratas de questões culturais e sociais de uma forma bacana e coerente.

    abração aos dois! :))

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  4. mais uma vez... sem palavras... :)

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  5. obrigada, Cissa querida. sempre é bom te ver aqui.

    :)

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palavras são apenas palavras,
movimentam o mundo desde
sempre, mas nem todos sabem.