Foi aquela a noite em que ela resolveu viver o amor. Não que tenha escolhido data para tanto. Bastou permitir que sim. Porque, até então, ela, sempre tímida, se escondia em frases e feitos. Mas, sem medo, agora se entregou como nunca antes fez. Com a lua em tempo crescente, e sem esperança de qualquer outra coisa. Porque promessas são coisas frágeis e fáceis. E disso, ela tinha certeza, bastava. Entre eles valia mais um olhar do que qualquer parte fugaz das frases prontas. Em todas as vezes que se olharam, que se tocaram, que se uniram, a vida se fez bonita. E ela, dessa vez, fez do amar mais do que um verbo. Confessou saudade, loucura, desejo. Entregou corpo e sentidos. Mas, por tudo isso, e de tanto amar que cabia nela, ela sabia que precisava partir. Se ficasse ali [e ele pediu que ficasse], entre os lençóis e os abraços que parecem sempre acalentar a alma, não seria uma despedida. E o certo era que fosse, sim, um despedir-se. Porque fazia parte do deixar livre o amor. Fazia parte do libertar. Do amar mais do que o prender. Fazia parte de um amor que, do jeito deles, se faz o maior do mundo. E que, ainda que distante, é o amor mais bonito de todos os tempos.
Amor só é amor, quando se curte e não se prende... mas fica... volta (se foi)! Ótimo post, Felinea! Beijões!!!
ResponderExcluirlembrei do herbert vianna, numa das letras mais bonitas:
ResponderExcluir"todas as formas de se controlar alguém
só trazem um amor vazio.
saber amar
é saber deixar alguém te amar."
só é amor, portanto, se for livre :)
beijões da gata para ti!
Aniversariei juntamente com as tuas felinas palavras.
ResponderExcluirLilith, “a esposa do diabo”, quis se despedir por que (e porque)amava...
Despedi-me várias vezes e apenas a última foi na presença do amor...
Não que não amasse antes; amava sim, aos cortes, como num filme longo em produção de parcos recursos, dirigindo minha vida querendo olhar para frente mas tendo olhos atrás...
Agora, em razão do amor, principalmente o próprio, resolvi me afastar... que grande falácia... Bom, tu bem sabes que esta minha tática é uma fraude...
A parte legítima do plano foi a certeza do meu querer, do meu desejo de completar-se, estando já completa, por isso amor.
Quero me permitir a viver por inteiro esta relação, vivenciando um filme longo (quem sabe até de parcos recursos), mas sem cortes desnecessários frutos do medo do arriscar-se.
Cansei-me do vai-e-vem, do estar por não estar, da falsa sensação de imunidade ao sofrimento.
Assim, desta vez, espero um final, se não feliz, determinado!
Grande beijo,
Dana
Lilith foi expulsa do Éden por intolerância à submissão. Deus deu Eva a Adão. e, não tivessem provado da maçã, seriam felizes para sempre.
ResponderExcluir[ah, tá!]
não existe amor aos pedaços. satisfazer-se com o pouco é subestimar o amor.
que seja, pois, DETERMINADAMENTE, amor. sem ser, contudo, limitado.
beijos carinhosos em ti, cherry! :)
Ah, a distancia aumenta o amor e o coloca em provas das quais temos de superar, se amamos de verdade, pelo menos...
ResponderExcluirO texto ficou realmente muito lindo, e eu sou apaixonada por gatos! =D
BeijOs!
Sempre devemos curtir o amorrr...
ResponderExcluirbju
já escreveram por aí que o amor só é bom se doer.
ResponderExcluire já disseram também que a dor pode ser a prova e não a condição.
dor de amor. quem sabe?
obrigada aos dois pela visita :)