Vou para Samos. Ainda hoje arrumo a bagagem. Parto na madrugada. Cansei de trabalhar à toa. E cansei, também, das suas histórias. Vou me mandar. Você, se quiser, se arrume por aí. Case com a estagiária. Plante árvores. Tenha filhos. E fique com o quarto, os quadros, as coisas todas do baú de vime do qual você tanto gosta. Quero apenas o tecido das cortinas. Aquelas sobras que guardei no verão passado, quando você tirou férias e me deixou em casa. Sozinha. Vou fazer vestidos novos. Coloridos. Curtos e em tomara-que-caia. Tenho hoje o corpo mais curvilíneo do que tinha nos meus vinte anos, quando nos conhecemos. Acho que você não percebeu o quanto eu mudei. Nem o meu corpo torneado, nem as palavras acumuladas em anos. Agora é tarde. Letras maiúsculas e garrafais, em batom vermelho, no espelho do banheiro: DIVIRTA-SE. NÃO VOLTO MAIS.
Legal, moro lá.ahahah. Beijão! (gostei das curvas...)
ResponderExcluirComo podem cegar diante de tanta intensidade não é?
ResponderExcluirMedo.........falta de capacidade?
o que importa é q não cegamos e continuamos crescendo....sempre!
carinho meu
Denise
Quem fica vai chorar, no fundo vai doer, irá sangrar. É assim, sempre assim. O arrependimento vem pra quem não foi junto e deixou partir talvez o amor. Então que vá, e sejais muito, mas muito feliz!
ResponderExcluirUm carinho, Felinea.
Sigamos...
Faça feliz o seu 'vôo', minha querida!
ResponderExcluirBjos carinhosos
o renascer, em quase todas as vezes, exige o despedir-se. de alguém ou de algo.
ResponderExcluirobrigada pela visita :)
O que esse texto !!!!!
ResponderExcluirMuito bom "Jardim de Samos" quero sempre poder voltar aqui.
Quanto mais volto no tempo mais acho coisa bacana aqui !
Adorei