Paralelas

Hampton Hall

Eu não tenho medo do escuro. Posso dar dois passos, ou cem, de olhos vendados. Reconheço o perigo em outras coisas que não a ausência de luz. Não gosto de quem não enlaça mãos, de quem não toca, não afaga, não dilui o olhar no outro para morrer de amor. Tenho medo da covardia disfarçada de beleza em homens de palavras decoradas. Palavras soltas e pouco tato. Detesto. A poesia não mora nas letras, nem na forma. Vive da alma. O desconhecido é apenas um tempo onde ninguém foi. E se for tempo paralelo, para mim, está valendo.

5 comentários:

  1. Somos dois então. Mas, paralelas não se encontram... Prá mim não vale.
    abraço

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  2. Você tirou a poeira das estantes, como eu. E continua a tecer uma prosa poética das mais intrigantes. Sou teu admirador e leitor contumaz.

    Um carinho sincero, Felinea.
    Continuemos...

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  3. gracias, guri Valente!

    não, não se encontram, Eduardo. mas, mesmo que não se encontrem, se reconhecem. obrigada pela visita!

    Germano, obrigada pelo elogio. é gratificante receber o reconhecimento de pessoas queridas e talentosas como tu és. e, sim, tirar a poeira da estante é sempre bom. até a próxima!

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  4. Olá! Estive um tempinho fora do ar, mas agora estou de volta, vi que seu blog tem melhorado muito, cada texto um melhor que o outro, abraços. Volto logo...

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palavras são apenas palavras,
movimentam o mundo desde
sempre, mas nem todos sabem.